quinta-feira, 5 de março de 2009

Sem mudanças.

Hoje não foi nada diferente. Novamente me vejo sentado diante de um monitor, fazendo o possível para chamar sua atenção, minha principal tarefa nos últimos tempos. Ontem, depois de nossa despedida dolorosa, fui até a sala e peguei meu violão. Ele é meu melhor amigo nessas situações, é claro. Toquei todas as músicas que não me fazem pensar em ti, até que percebi quão impossível era. Tocar as músicas que eu gosto, e que tu nunca escutou, isso é fácil. O difícil, é deixar de pensar em você. Bom, eu sempre tenho problemas para dormir em noites como essas, dessa vez foi diferente. Eu dormi com facilidade, e logo depois me vi dentro de um pesadelo inacabável. Devia estar amanhecendo quando ganhei a luta com meus pensamentos e pude pensar em algo que não fosse você. Pior ainda, pensei em mim. Como eu podia ser tão inseguro? não tinha certeza de nada, tirando, é claro, o meu amor. Mas, e quanto ao resto? Eu não conseguia aceitar nenhuma perda, não conseguia prestar atenção no meu dia, e nem aproveitá-lo. É claro que ignorei meus pensamentos e fui obrigado a me levantar. Me enganei, pois hoje foi um dia diferente. Eu acordei antes de meus pais, e fiz de tudo para poder agradá-los, assim seria mais fácil convencê-los de que estava tudo bem. Mais tarde, fui até a loja onde comprei meus fones, agora estragados, e comprei novos, maiores, e com mais volume. Fui para casa escutando as músicas menos deprimidas que tinha, e falhei na tentativa de dormir mais um pouco. Ao menos, com os fones, eu não conseguia pensar direito. 17:59 Depois de me convencer que nada mudaria seu jeito de pensar, me voltei para meu violão, e fiquei fazendo melodias, até que, mais de meia hora depois, vi sua janela piscando. Eu juro que meu coração nunca bateu tão forte, a não ser quando escuto sua voz. Sua frase repetida três vezes diante de meus olhos me fez apertar o botão do meu modem sem querer, quando eu só queria aumentar o volume de minha caixa de som. Demorou mais de meia hora para minha internet voltar, e quando voltou, um sorriso imenso e automático, aquele que só tu consegue tirar de mim, abriu no meu rosto. Je t'adore.

terça-feira, 3 de março de 2009

it's driving me crazy, it seems

Logo que começou a falar, eu pude enchergar as lágrimas caindo sobre seus lábios cerrados - e perfeitos - enquanto sua mão tremia cada vez mais a cada palavra enviada. A sua raiva estava nítida diante de suas palavras, sua tristeza, e a sua dor, foram substituídas por uma camada de frieza. E quanto a mim? Eu não ligava. Continuei me sentindo feliz, apesar da dor que estava dentro de mim, pronta para explodir, certamente com algumas ignorâncias de minha parte. Feliz, porque mesmo que discutindo, eu estava junto da melhor coisa da minha vida, o meu vício, a minha vida. No fundo eu sabia que aquilo ia passar, se eu deixasse como estava, e simplesmente esquecesse. Mas eu sentia a necessidade de fazê-la entender tudo o que eu sentia, mesmo que em vão. Eu não entendia por que essa dificuldade imensa de compreender o que estava em sua frente.. era um absurdo. Mas eu sei que prefiro que seja assim, antes que algo dê errado, e acabe com tudo. Estou farto de ter que aturar tudo isso. De ter que ser culpado por qualquer oi tudo bem? É como se eu estivesse de castigo ás vezes. Isso me faz mal. Se ao menos entendesse isso. Entendesse que eu jamais deixaria algo atrapalhar nós dois.